Um grande vinho é um vinho feito com humanidade – mais técnica e menos tecnologia – essa é a premissa da Era dos Ventos, que tem seus vinhos produzidos por Luís Henrique e Talise Zanini, casal de vinicultores que desbravou uma produção alternativa: métodos ancestrais e a valorização de uvas quase extintas.

Ao invés de apostar em castas convencionais e vinificação moderna, preferem valorizar as cepas antigas já adaptadas a nossa terra e vinificar com mínima intervenção, e assim entregam garrafas genuínas, que expressam com transparência as sutilezas dos Caminhos de Pedra localizado em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.

Subvertendo as regras frente ao rumo globalizado que o mundo do vinho tomou, a Era dos Ventos foi a pioneira na produção do vinho laranja no Brasil.

Zanini e Talise começaram plantando seus vinhedos em 2004 e a primeira vindima foi em 2007.

abelha

Vinho Laranja

A Era dos Ventos foi a pioneira neste estilo de vinho no Brasil.

Zanini bebeu um vinho da uva Peverella em 2002, elaborado de forma artesanal, e o apresentou ao seu colega de enologia Álvaro Escher. Os então estudantes permitiram-se, em licença poética, elaborar de forma experimental vinhos com uvas brancas maceradas com as cascas, ao contrário dos vinhos brancos tradicionais cujas peles são retiradas antes da fermentação. Esta forma de elaboração confere aos vinhos maior estrutura, taninos e a cor característica alaranjada, graças ao contato com as cascas.

A Era dos Ventos elabora todos seus vinhos brancos com maceração: Peverella, Trebbiano e Moscato Antigo, além dos espumantes Peverella e Minuano Trebbiano.

Não quero a poesia longe das vinhas

Quero os versos escapulares que brotam da terra

Quero o grito do vento norte rasgando a noite

Para pintar a luz das estrelas nos teus olhos

Quero a profecia do amor

Quero o cântico barroco do vinho

Quero a beleza da tua presença na ausência

Quero beber a tua saudade

Quero tatuar em ti, de Kayan, um poema

Não quero as vinhas longe da poesia

Quero um encontro de Dioniso e Deméter,

Para reverberar em acordes celestes

O amor vínico evaporado em ésteres

No lugar mais sacro-insano desta terra

– Luís Henrique Zanini

Agradecimentos especiais a tantos amigos que com suas palavras, fotos, depoimentos, aquarelas e desenhos ajudaram a construir este site.

Em especial a Helena Camarero, Dany John Zanini, Orlando Graeff, Barbara Ilse Petzold Horna, Gabriela Monteleone, Lis Cereja, Giovana Mazzochi, Douglas Trancoso e Cinthia Morelatto,